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Chegamos ao final do Outubro Rosa, mês simbolicamente dedicado ao combate ao câncer de mama. Uma simbologia fantástica e à qual ninguém se oporia. No entanto, a lembrança que este outubro deixa nada tem a ver com a solidariedade, o cuidado, o amparo, o carinho com as vítimas do câncer. A lembrança que fica é da agressão, da arrogância, prepotência, do preconceito e da discriminação, é enfim, a lembrança do ódio que permeia as notícias e as relações entre as pessoas no período da campanha para a eleição presidencial.

O fenômeno das redes sociais parece ter catalisado e acirrado ainda mais os ânimos do que nas eleições anteriores. Ao final da campanha vimos um país dividido. Os embates extrapolaram as esferas dos candidatos e passaram a se dar entre colegas, amigos, companheiros e até familiares. O mais preocupante é que, em nenhum momento se viu qualquer um dos candidatos se posicionar claramente e trabalhar para reverter este quadro. Ao contrário, ambos fomentaram ainda mais o ódio, dando sendo ênfase ao lado obscuro e vil de seu oponente, e colocando-se como sua antítese. Isto é grave porque sinaliza que nenhum deles estava ou está imbuído do sentimento básico para realizar um bom governo. O amor.

Ao não possuir amor por seu país, por seu povo, por seu semelhante, eles demonstraram claramente que estão apegados ao poder, ao ter, aos cargos, aos projetos pessoais ou partidários, mas não aos projetos de união da nação em torno de um bem maior. Porém, não se pode colocar sobre os ombros dos políticos a responsabilidade pela deterioração de nossas relações. Pessoas podem ser responsáveis por suas ideias e suas posições, por suas tentativas de influenciar outras pessoas. Porém, é o indivíduo o único responsável por seus sentimentos, seus pensamentos e suas ações. Se nós nos desarmonizamos por causa de questões políticas (ou qualquer outro tipo de questão), os culpados não são os políticos, as agressões de seus partidários ou quem quer que seja. O culpado somos nós mesmos, que nos deixamos influenciar e nos rendemos a sentimentos que estavam ocultos em nosso inconsciente. Eles foram apenas agentes externos que fizeram com que aquelas tendências viessem à tona.

Não importa qual tenha sido o resultado das eleições, o fato é que não houve um vencedor. Todos perdemos. A partir de agora nos resta reconstruir as relações que ferimos. O pai deve procurar o filho, a esposa o esposo, o colega de trabalho, o vizinho, e em nome do bem maior devem se perdoar. É preciso reconciliar, reatar os laços e voltar a amar. E, se não houver perdão, não houver reconciliação, é porque o amor nunca existiu.

Uma lição que podemos tirar é que, se o mal existe e está oculto dentro de nós, assim também está o amor. Cabe a cada um cultivar em si o sentimento que quer ver florescer.
 

Por Kenedy Araújo

Amor e ódio em tempos de disputa eleitoral

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